Atletismo – Ana Dulce Félix, Marisa Bastos e Sara Moreira brilham em Newcastle

Ana Dulce Félix ficou a doze segundos da vitória

O atletismo português esteve ao mais alto nível na meia-maratona de Newcastle, Inglaterra, e conseguiu posições de enorme destaque na prova feminina, onde conseguiu ocupar duas posições do pódio final.

A prova, designada por Bupa Great North Run, faz parte de uma série de sete corridas, que atraem muito público devido aos eventos de caridade e onde competem alguns dos melhores atletas do mundo.

Na prova feminina, Ana Dulce Félix esteve em grande e por pouco não venceu, completando a prova em 1h9m01s, ficando atrás da etíope e grande favorita Berhane Adere, que conseguiu nos últimos cinco quilómetros da prova britânica fugir à atleta portuguesa.

Logo a seguir, com 1h09m09s, surgiu Marisa Barros, que nos últimos quilómetros não aguentou o ritmo da africana Adere e de Dulce Félix, apesar de ter comandado a prova por várias ocasiões.

Em quarto lugar, completando um grande resultado para as cores nacionais, Sara Moreira fez um tempo final de 1h10m08s, perdendo o contacto com o trio da frente ainda antes dos cinco quilómetros finais.

Atletismo – Sara Moreira conquista bronze em Barcelona

No pódio, ao lado das duas turcas...

e a festejar o seu primeiro grande sucesso em pista

Terminou da melhor forma para as cores nacionais os Europeus de Barcelona, com a conquista de mais uma medalha, o bronze nos 5 mil metros, por intermédio de Sara Moreira.  A atleta lusa completou a prova em 14m52s71, novo recorde pessoal, que lhe permitiu chegar ao último lugar do pódio, atrás das turcas, que dominaram tantos os 5 mil como os 10 mil metros nestes Europeus.   

Numa prova lançada em bases rápidas para uma final de uns Europeus, muito por culpa da russa Konovalova, a dupla nacional Sara Moreira e Jessica Augusto seguiu sempre na frente e chegou-se a pensar em duas medalhas para as cores lusas.   

Mas na penúltima volta começou o ataque da turca Bekele, ao qual só respondeu Sara e Abeylegesse, com a portuguesa a fazer a última curva ainda a pensar na medalha de prata, mas a velocidade terminal de Abeylegesse acabou por lhe roubar esse sonho.   

Jessica Augusto, desgastada da sua prova dos 10 mil metros, onde foi bronze, terminou em quarto, um resultado muito bom para a atleta portuguesa, a grande figura nacional destes campeonatos.   

Destaque final para outras três provas onde os portugueses tiveram bons resultados no último dia destes Europeus de Barcelona. 

Na estafeta 4x100m, ganha pela França, Portugal conseguiu o sexto lugar final e um novo recorde nacional, com 38.88, através de Arnaldo Abrantes, João Ferreira, Ricardo Monteiro e Francis Obikwelu.   

Nos 3 mil metros obstáculos, Alberto Paulo foi décimo na final, com um tempo de 8m28s08, numa prova onde os franceses dominaram.   

Na maratona masculina, debaixo de um calor brutal, Luís Feiteira ficou em décimo lugar, com 2h21m28s, com Alberto Chaíça a ficar em 20º e José Moreira em 42º. A nível colectivo Portugal ficou em sétimo lugar.  

  

Atletismo – Jessica Augusto ganha o bronze nos 10 mil metros

A "provar" o sabor do seu metal precioso

e a festejar o seu brilhante resultado

Têm sido até agora uns excelentes campeonatos para as cores nacionais, e Jessica Augusto deu o seu contributo com mais uma medalha, a de bronze, nos 10mil metros.

Na noite em que Naide Gomes conseguia a prata, Jessica Augusto, com uma corrida destemida na dupla légua, acabou por conseguir o seu primeiro grande resultado em pista, com o último lugar do pódio nestes Europeus.

Com um tempo de 31m25s, a atleta lusa mostrou toda a sua determinação, sendo a única que tentou discutir o ouro com a turca Abeylegesse, pecando um pouco pela sua ousadia, já que perdeu a medalha de prata já na última volta, para a antiga campeã europeia, a russa Abitova.

Destaque também nessa noite para a prestação do duplo campeão europeu(2002 e 2006) e vice-campeão olímpico(2004) dos 100m, Francis Obikwelu, que apesar dos seus 31 anos conseguiu lutar até ao fim por uma medalha, perdendo-a por apenas um milésimo de segundo para o francês M’Banjock, numa das finais europeias mais apertadas de sempre, apesar do tempo final modesto do vencedor.

Atletismo – Naide Gomes conquista a prata no salto em comprimento

Com mais uma medalha ao peito...

  

e em pleno voo para alcançá-la

Foi mais uma noite quase perfeita para a atleta portuguesa Naide Gomes, que nos Europeus de Barcelona conquistou mais uma medalha de prata, no salto em comprimento, tal como tinha acontecido há quatro em Gotemburgo.      

A atleta do Sporting, apesar de não estar na sua melhor forma, conseguiu, acima de tudo, mais uma medalha para as cores lusas e para o seu extenso palmarés, mostrando que é uma desportista extremamente regular e altamente competitiva.      

Mas um pouco de azar voltou a roubar-lhe a primeira posição do pódio, já que concluiu a prova com o melhor salto da competição, 6,92m, a par da letã Ineta Radevica, mas no desempate, que se faz no segundo melhor salto, acabou por perder o primeiro lugar, 6,68m contra 6,87m.      

As maiores adversárias, a priori, pareciam ser as russas, mas a letã Radevica, que compete pelo FC Porto, acabou por fazer uma prova de alto nível e extremamente regular, batendo inclusive o recorde do seu país rumo ao ouro.      

P.S – Mais uma vez os jornais desportivos preferiram destacar o futebol, em detrimento de uma conquista nacional. Não merecem as atletas que temos!   

Atletismo – Três portuguesas no top-ten dos 20km marcha

Vera Santos a liderar o pelotão...

e Ana Cabecinha e Inês Henriques durante a prova

 

A marcha feminina nacional não venceu qualquer medalha nos Europeus de Barcelona, mas não deixa de ser impressionante que as três atletas presentes tenham terminado dentro do top-ten, numa prova marcada pelo intenso calor. 

Vera Santos, a mais séria candidata nacional a uma medalha, terminou no sexto lugar, com 1h30m52s, numa prova onde até aos 8km andou sempre em posições de pódio, mas as russas acabaram por não dar hipóteses na luta pelo metal precioso. 

Ana Cabecinha ficou no oitavo posto, com 1h31m48s, com Inês Henriques a terminar logo a seguir, com 1h32m26s, numa prova onde até aos 16km as duas atletas lusas andaram sempre lado a lado. 

Destaque final para o oitavo lugar de Youssef El Kalay, marroquino com nacionalidade portuguesa, na final dos 10 mil metros, realizada na noite de ontem, com 29m07s, numa prova onde os britânicos dominaram. 

  

Atletismo – João Vieira conquista bronze nos Europeus de Barcelona

João Vieira durante a prova, a caminho da medalha de bronze

Começaram da melhor maneira os Europeus de Atletismo para as cores nacionais, com João Vieira a conquistar a medalha de bronze na prova de 20km marcha, numa prova disputada nas ruas de Barcelona, sede desta competição.   

O atleta do Clube de Natação de Rio Maior, de 34 anos e natural de Portimão, volta a conquistar o bronze nesta competição, quatro anos depois de o ter feito em Gotemburgo.    

Numa prova marcada pelo calor, apesar de ter começado logo pela manhã, 7h25, hora de Barcelona, o marchador luso terminou a prova com um tempo de 1h20m49s, a sua melhor marca do ano, conseguindo resgatar para as cores nacionais o último lugar do pódio.    

Numa prova dominada pelo jovem russo Stanislav Emelyanov, que conquistou o ouro, João Vieira começou a um ritmo calmo e aos 2km só seguia em 17º. Mas à passagem pelos 4km já seguia em 9º, a dois segundos do bronze.    

A meio da prova o marchador português seguia no grupo dos segundos classificados e chegou a correr entre os 14 e os 18km isolado no segundo lugar, mas um ataque final do italiano Schwazer acabou por lhe retirar as esperanças de alcançar a prata.    

Mesmo assim não deixa de ser um resultado magnífico, já que ninguém apostava que João Vieira voltasse a exibir-se ao mais alto nível, já que vinha de algum tempo sem competir em provas de maior grau de dificuldade.    

O seu irmão gémeo, Sérgio Vieira, ficou em 21º entre 23 atletas que terminaram a prova na cidade condal.    

Aqui ficam algumas declarações do atleta luso:    

“Há quatro anos foi uma surpresa e agora também. Muitos pensavam que não fosse possível, depois de tanto tempo sem competir. Acho que vou apostar nos grandes campeonatos em vez das provas intermédias. Acredito muito nas minhas qualidades e consegui ficar no grupo da frente. Depois, foi sofrer, sofrer, sofrer. Sabia que o italiano era o favorito. Não sei o que se passou. De vez em quando tem estas quebras. Quando entrei nos últimos cinco quilómetros, acreditei mesmo no pódio.”